Em um país marcado por contrastes sociais e climáticos, garantir comida no prato e água limpa na torneira continua sendo um desafio diário. No entanto, um conjunto de iniciativas recentes do Governo do Brasil, coordenadas pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, tem mostrado que é possível avançar com políticas públicas integradas.
As ações fazem parte do Plano Brasil sem Fome e atuam em diversas frentes, desde o semiárido rural até as periferias das grandes cidades.
Água para beber, cozinhar e plantar
No meio rural, onde a seca castiga, o Programa Cisternas tem transformado a vida de milhares de famílias que enfrentam a escassez hídrica. Através da instalação de tecnologias sociais simples e de baixo custo, o programa leva água para as necessidades básicas do dia a dia, como beber e cozinhar, e também para a pequena produção de alimentos.
Alimento que vem da cidade
Nos centros urbanos, a Estratégia Nacional Alimenta Cidades reforça a segurança alimentar com um forte incentivo à agricultura urbana e periurbana. Desde 2018, 231 hortas urbanas foram implantadas em diferentes regiões do país. Para impulsionar o movimento, mais de 5 mil kits com sementes e ferramentas já foram distribuídos, junto com capacitação técnica.
Ainda em 2024, R$ 15,5 milhões foram destinados à compra e doação de alimentos em 27 municípios, e outros R$ 8 milhões foram investidos na modernização de bancos de alimentos. Além disso, escolas também recebem apoio para a construção de ambientes alimentares mais saudáveis, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Conectando quem produz com quem precisa
Um dos pilares da estratégia é fortalecer a conexão entre a produção de alimentos e as populações mais vulneráveis. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) cumpre um papel essencial nesse ciclo: com mais de R$ 2 bilhões investidos nos últimos dois anos, o programa comprou 400 mil toneladas de alimentos frescos diretamente da agricultura familiar.
Esses alimentos chegam a instituições socioassistenciais e a equipamentos públicos como as Cozinhas Solidárias, que, com a mobilização de governos municipais, estaduais e federal, devem servir mais de 13 milhões de refeições em 2025, especialmente em territórios indígenas, quilombolas, ribeirinhos e periferias urbanas.
Para o governo, essas ações integradas deixam claro que o combate à fome e à falta de água precisa ir além da emergência, construindo caminhos duradouros onde comida de verdade, água potável e renda sejam direitos acessíveis a todos os brasileiros.
*Com informações CNN Brasil