O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retomou sua agenda de viagens nesta quinta-feira (26/06) e, em um evento do partido em Belo Horizonte, voltou a mirar o Judiciário. Durante discurso, ele classificou o processo sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), como um “julgamento político” e agradeceu a apoiadores pela doação de R$ 17 milhões via Pix, que, segundo ele, viabilizaram sua defesa.
A participação no encontro do diretório estadual do PL, realizado na Casa Pampulha, marcou o retorno de Bolsonaro às atividades públicas após cancelar compromissos na semana anterior por conta de uma crise de enjoo e soluços. O evento teve como foco a articulação do partido para as eleições de 2026.
‘Julgamento político’
O tema central da fala de Bolsonaro foram as investigações das quais é alvo. Sobre o processo mais sensível, que apura uma suposta trama golpista após as eleições de 2022, o ex-presidente adotou um tom desafiador, mas resignado.
“É um julgamento político, mas o que vier a acontecer, suportaremos”, declarou Bolsonaro aos presentes, sem detalhar como espera que o processo se desenrole no STF.
‘Tudo vem caindo por terra’
Para reforçar a tese de perseguição, o ex-presidente listou uma série de outras acusações que enfrentou nos últimos anos e que, em sua visão, foram desmentidas.
“Fizeram de tudo na minha vida, reviraram tudo. Me acusaram por cinco anos de ser o mentor da morte de Marielle Franco. Foram atrás de mim até na questão da baleia. Questões de presentes [joias], vacina, imóveis comprados lá no Vale do Ribeira, região mais pobre do estado de São Paulo. Tudo vem caindo por terra”, discursou.
Agradecimento por Pix
Ao final de sua fala, Bolsonaro destacou o apoio financeiro que recebeu de seus seguidores. Ele mencionou os R$ 17 milhões arrecadados por meio de transferências via Pix e afirmou que a quantia foi essencial para custear seus advogados.
“Se não fosse isso, não teria como ter uma boa defesa no meu processo. Tem ajudado outras pessoas também, mas não vou citar nome de ninguém aqui”, completou o ex-presidente.
*Com informações Metropoles